terça-feira, 2 de março de 2010

Recbeat 2010 - Carnaval multicultural



Quando você pensa que o Recbeat não tem mais nada a oferecer, e que o festival será provavelmente desinteressante, êis que vem a primeira banda e você tem que começar a rever todos os seus conceitos a despeito do que é feito um grande festival.

“Eu tive a oportunidade de estar em todos os pólos do carnaval multicultural, mas me presenteie mais um ano. Estive presente nos quatro dias do Festival Recbeat” Cleiton Brito – músico e jornalista.     

E mesmo que alguns, apenas esperem pelas bandas já conhecidas, em pouco tempo, envolvem-se com as misturas de rítmos e influências diversificadas. E todos puderam comprovar aquilo que muitos já sabiam, que esse é um festival onde não se deve  deixar de conferir.
Músicas de expressão jovial, e artistas que tiveram  a oportunidade de apresentar-se em um evento de grandes proporções. E com o respeito que esses músicos demonstram sentir pelos espectadores e pelo evento, ousaram na coragem em fazer em pleno carnaval, o distinto. Onde o público é sugestionado pelo próprio festival, o diferente. 
  
A música me tira desse cotidiano Lucas Santtana 

Alguns artistas não mostraram tudo o que poderiam mostrar. Talvez por que não estivessem tão à vontade, encima, no palco. Isso está cada vez mais sendo característica desse festival. E uma probabilidade muito forte é de ser culpa da platéia, que já há alguns festivais vêm deixando os artistas tão emocionados, onde houve até momentos em que artistas vieram às lagrimas em cima do palco. É um festival onde as bandas têm cinqüenta minutos para mostrar todo um trabalho, e é mais do que suficiente.

 Infelizmente dizem que santo de casa não faz milagre Zeca Viana – Volver

Uma onda de destruição de todo o certinho, remodelando o confortável, em uma epopéica festa Rave e mambo-coco, um verdadeiro baião de seis. Bandas mostrando um sincronismo entre uma música e outra, introsadíssimas. Com aspectos de gravação de CD, mais parecendo micro-computador, fizeram sem sombra de dúvida, os melhores shows na multiculturalidade.
Muita energia em cima do palco, muitas expressões musicais, vieram realmente para confirmar o diferencial do qual é feito o festival. Com apresentações dignas de aplausos, dá orgulho ver e ouvir bandas como essas. Orgulho e felicidade em sair de casa.

Viemos apenas para fazer o show no Brasil e estamos voltando para a Argentina King Coya 

A magia está para quem consegue ver. É triste sentir em muitos semblantes a não preparação participativa para um evento como esse. Eles apresentam algo e temos que abrir as nossas mentes. Mas se é porque não tem algo para dançar? É meio um transe na platéia. Quando o som é bom fica tudo perfeito.

 Se um estilo de música agrada uma grande quntidade de pessoas, nõa tem o que ser contra. Thiago Rabello - curte Ramones.

Qual é a diferença entre música eletrônica e brega? Qual a diferença entre Gabi Amarantos e Sivia Machete, ou as pessoas que vem ao Recbeat?
Só na terra da diversidade há um encontro de tantas vertentes. Cabeças buscando as cabeças, até encontrarem-se. Não importa o que aconteça com as barreiras do Recbeat, todas elas são quebradas. O que importa, é que o público fique satisfeito.

Eu posso ter saido da floresta, mas a floresta nunca saiu de mim” Gabi Amarantos  

Um Sacrifício pela oportunidade de interagir com o público. Todos que duvidaram do poder da música, da responsabilidade e criatividade para com o público, que o tempo todo mostrava-se satisfeito, feliz.

Alguém que vai para um festival por conta de sua vida profissional, sabe que não pode perder uma grande oportunidade como o Recbeat  Gabi Amarantos, referindo-se a sua cirurgia, há poucos dias do festival.  

Sorrisos estampados nos rostos de quem quis interagir. Coragem em estar em um palco repleto de possibilidades.

Isso é garimpagem” Antônio Gutierrez.

Música boa, publico exigente. Um sentimento de estarmos na Europa em uma mistura do Brega com o Flamenco, em um som que chega as alturas do Paço Alfândega.
Energia gritante desesperada, muito forte, de alerta, de socorro. Um som que fica complicado as comparações.

Viemos apenas para fazer o show no Brasil e estamos voltando para a Argentina King Coya

A junção rítmica do firme com o ousado, o solto e envolvente. Bandas que vieram simplesmente com a tranqüilidade presente, ou outras com momentos simplesmente de eloqüência, no carnaval europeu, com direito a ver-mos uma legítima dançarina com suas autênticas castanholas. 
vozes suaves e protetoras, compenetradas, musica suave. mudanças em natural harmonia, suavidade dançante e fortes pinceladas de rock and roll. Ficam brincando de tocar.

Viva a todo o hippie do Brasil! E já me falaram não se deveria tocar rock no carnaval Fernando Catatau - Cidadão Instigado.

Som alternativo como uma locomotiva exprimindo descargas elétricas, solucionático.
Músicos que levam a música com muito profissionalismo, ou seja, satisfação. Fazendo uma mudança de delírio em calmaria, clima de festa com liberdade, algo que chama o espectador à participar do momento. 

“Nós temos que parar de criar expectativas sobre a apresentação de um músico. Temos que ver o que o artista tem para mostrar, e não criar certas perspectivas do que ainda não aconteceu. Acabamos nos frustrando sem sentido” Cleiton Brito – músico e jornalista e espectador.

Espetáculo lotado, é sinônimo de sucesso? Se uma banda der certo  não mude.  Se um monte de músicos de Olinda nessas respectivas bandas resolverem juntar-se, junte-se a eles. É carnaval, estandates e confetes. “O samba e quente, tem muita gente”.
A última banda no festival mostra que a quarta-feira de carnaval é ingrata e chega sem sentir-mos, tão depressa, como o fim de um cordão encantado, só para contrariar.
Um festival onde a organização tem um forte cuidado e preocupação que vai do trabalhador da limpeza urbana até o espectador, não tem como definir. Não há uma forma realmente justa de qualificar. Uma frase curta nunca fez tanto sentido como agora...


Mais informações: recbeat.uol.com.br 


por: Genner Guilherme

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