terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Observa e Toca Malakoff 2011.

Nesse domingo 4 dezembro deu-se por finalizado mais uma edição do festival Observa e toca Malakoff.
Festival esse que teve importantes participações. Tais como a Orquestra Santa Massa  e o Quinteto Violado. O Festival encerrou essa edição com uma qualidade sonora invejável.
A torre Malakoff possessora de um espaço físico de dar inveja a muitos teatros. E com uma estrutura muito bem montada para esse projeto, fazendo com que cada acorde, batida ou quebrada rítmica, pudesse ser facilmente audível e compreendida.

Infeslismente por parecer um teatro de arena, e pela grande quantidade de expectadores, muitas foram as vezes do público ter dificuldades em ver ao show sentado.
Parte dessa culpa é direcionada e dividida em quatro partes: Júpiter Maçã, que mesmo fazendo um show quase que tranquilo, sem grandes momentos apoteóticos, algumas vezes conseguiu levantar o público e levar-lhes até o palco. Mas conseguiu fechar bem sua participação.
 Novanguarda, que mesmo só tendo três componentes e com uma execução interessante, a presença no palco foi inacreditável. Realmente inacreditável. Muitas vezes foi preciso direcionar-se para outros lugares do teatro para ter um melhor angulo da performance no palco. E ainda assim, não ficando claro o quanto de razão e emoção foram dosadas em sua participação.
Embuas, que talvez tenha uma frase definida e de fácil entendimento para sua qualificação musical, já que ficar sentado observando não fosse o suficiente. Seria preciso fechar os olhos e quase como de compasso, abrir-lhes novamente e então observar-se em pé de frente para o palco meio sem perceber o transe passado durante a execução de cada passo. Passo que cada músico deu ao sair do palco enquanto a última peça estava sendo executada. Uma saída para aplaudir de pé.
E o Dj Big, que mesmo não estando no roteiro, estava quebrando o som inteligível. Criando a dúvida no certo ou errado. desconcertando nas pick-ups. Mas com a experiência e o now-how desse senhor quem acaba desconcertados somos nós se não conseguirmos encontrar rapidamente o rítmo que é proposto, ou melhor, imposto por esse Dj que pode-se dizer que se faz mister no que se tratar em música.
O festival ainda teve como apresentador, China, do Na Brasa e Evandro Sena, mediador das palestras que se seguiram do dia 6 de novembro até então.
Agora é esperar o próximo Observa e Toca Malakoff e ver o quanto ainda podem se superar.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Olinda e Recife, Naná e crianças, Pernambuco - Brasil.

Ontem no Marco Zero - no Bairro do Recife Antigo, mais parecia réveillon. A apresentação de Naná Vasconcelos determinou algo que já há tempos vem-se notando  em Pernambuco. Tendo como a "Veneza Brasileira; A terra do Frio; Club du vin, Olinda -e seus pontos culturais". O governo do estado em parceria com as prefeituras tem culturalmente falando, trazido a população, o misto da gratuidade junto a qualidade com a introdução social. uma vontade cada vez mais intensa de orgulharmo-nos de onde somos.
Nessas últimas grandes amostras de música, ficou crível para quem pode presenciar esses acontecimentos. Palco ao ar livre ou em espaços limitados não deixaram a beneficiência total, do povo.
Se por motivos, de espaço como foi com a mostra internacional de música ou com as cadeiras na praça do marco zero ou uma qualificação sonora como nos shows do Gotan Project ou com próprio Naná, alguns reclamantes não conseguiram apreciar os espetáculos, tem-se que pensar em um fato comum a todos nós. Quando sai-se de casa para prestigiar ou conhecer um artista renomado, alguns cuidados devem ser revisados e/ou repensados. Por conta do músico, é estar sempre atento em sua equipe técnica; quanto a quem sai de casa pra prestigiar, tentar sempre se informar muito bem quanto aos horários para um maior conforto pessoal. Afinal, o que seria de um, sem o outro.
Poder ter a oportunidade de aplaudir de pé, emocionar-se, voltar pra casa ainda imaginando-se ainda estar envolto a musicalidade executada, tem-se sempre que ser pra todos.
Igrejas, praças e ruas, para sentir-se europeu, ou sentir-se em casa, tanto a MIMO quanto a Virada Multicultural e Naná e as crianças do canto erudito do bairro de peixinhos, nos fizeram acreditar nas possibilidades infinitas de nível de cultura ao qual podemos alcançar. Realmente para aplaudir de pé.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Centro Cultural Correios e Livraria Cultura - destaque para um bom fim-de-semana

Se você ainda se pergunta o que fazer além de ir a praia, shopping ou mesmo ficar em casa na frente da tv? É porque definitivamente o seu domingo não está tão bem aproveitado, como devera ser do seu bel-prazer.
No último dia 28, o bairro do Recife Antigo, deu mais uma grande mostra de um variado entretenimento. Casa da Moeda, Paço Alfandega, Centro Cultural Correios, Livraria Cultura. Em cada ponto teve um misto requintado das mais satisfatórias explanações no seu sentido literal.
Auditório do Centro Cultural Correios, 4ª edição do Correios Sanfonado. Com a participação do Luizinho Calixto, Jaiminho de Exu, Beto Hortiz e Gennaro do Acordeon. Onde cada um apresentou seus respectivos projetos, e no final das apresentações voltaram ao palco para uma jam session num encontro de sanfonas.
Mesmo sendo só instrumental, parte do público não contido acabou acompanhando por meio de voz e palmas, algumas peças, dificultando a audição dos que queriam só ouvir a música sendo executada.
Mas isso não foi tido como problema para os músicos, explicou Beto Hortiz, ainda com um semblante extasiado, comentando a respeito dessa manifestação popular.
Ele por sua vez, apresentando-se meio em uma equalização sonora, que poderia suavizar em graves para não ferir o sentimento passado nas execuções das peças tocadas, mostrou-se um exemplo em erudição na execução de seus arranjos, mesmo ficando perceptível em alguns momentos, contratempos indesejados. Teve como ponto sublime o contemporâneo, libertando bons momentos nostálgicos de satisfação.
Mas se a pedida  assim fosse querida, prolongar-se mais à noite, já que o Centro Cultural Correios atende até às 18:00h, bastaria direcionar-se à Livraria Cultura que a UPTOWN BLUES BAND encontrava-se lá no decurso do seu sound.
Banda, distribuidamente, muito bem, com uma base e um solo de guitarras com timbres em perfeita equalização, um contrabaixo de acompanhamento, com vozes que quando se podia ouvir, pois não dá para entender, como se pode montar uma estrutura tão maravilhosa para vozes e não poder ouvi-las! Mas, no entanto, quando se podia, sentia-se a afinidade com as músicas, nessas vozes. A bateria que é um caso a parte, deixou por muitas vezes, um sentimento de tempo solto, vago, que poderia ser preenchido na pegada. Mas, só pelo instrumental já causa um interesse no OI BLUES BAND BY NIGHT, dia 31 de agosto às 22h no Spirit Music Hall.
Por quê? Porque uma banda quando faz os agradecimentos finais e recebe um Ahh! de lamentação pública, é simplesmente pelo fato da cessão aos desejos mais variados, como o pedido de um toca Raul, e ainda assim elevar ainda mais o nível de musicalidade do intelecto sentido.
E para um concretismo satisfatório a Casa da Moeda, situada na Rua da Moeda, próxima ao Paço Alfandega, requinta uma noite como essa, sempre com apresentações comensuráveis para realmente realçar o prazer de uma sociedade de bom tom.
Infelizmente, por ter suas apresentações em um espaço aberto, em frente as dependências do bar, mesmo com um equipamento sonoro qualificado para esses ambientes, a poluição sonora prejudica em um alto quociente à harmonia ali executada .
No mais, referente as apresentações, nesse sentido, o melhor é ficar o mais próximo aos músicos para ter uma melhor valorização audio-visual.

Mais informações:

Centro Cultural Correios - Av. Marquês de Olinda, 262,
 Paço Alfandega - R. da Alfândega, 35 

Todos endereços localizados no bairro do Recife
PE, Brasil

quinta-feira, 17 de março de 2011

Recbeat 2011. Mais um ano de independente qualidade diferença.

A cada ano, as mesmas perguntas se seguem a respeito do Festival Recbeat. São questionamentos a cerca de artistas; se o festival trará um grande quantitativo de pessoas; se as bandas serão de agrado público; se não foi uma falha do festival optar por artistas não tão presentes nos meios de comunicação; se desta vez seria mais interessante, ao invés de ir para um dos tantos polos onde artistas que estão em vogue, por esses meios de comunicação, se apresentarão, seguir para o polo mangue e espectar algo que só pudesse vir a acontecer ali.


Num todo, creditar louros ao festival, estar presente no Recbeat e poder acompanhar a cada noite, apresentação , uma a uma; a menor possível resposta emocionada do coletivo; gestos de devoção por quem prepara-se, dá-se tanto ao cuidado de seus projetos e tem a oportunidade de mostrar-los ao estar ali, não é algo natural, comum, apenas mostra do material. É uma possibilidade que só quem almeja a todo instante estar em um palco como esse, onde o público é quem seleta , que é capaz de consegui-la. É apresentar-se para alguém que definitivamente não irá aplaudi-lo, até que ele mostre do que é feito, do que é formada as suas capacidades.


Não importa se está aos gostos de uns, aos afagos de outros. Para eternizar-se aos braços de uma consciente e pública platéia, livre de omissões, faz-se necessário que suas emoções permitam-se ser sentidas "de perto e de longe", tornando o assistido e o assistente a mesma obra de arte.


Para quem vai ao Festival Recbeat, esperar o alternativo, o independente, é só o pretexto para sair de casa, onde hão no caminho, possibilidades, outros polos.
Mas, no entanto, se algo é mais consistente que seus dissabores, mais virtuosos que suas inquietudes, tão gritantes como um duro protesto desprendido da aceitação, é preciso olhar para a frente e para os lados. Não basta só olhar por cima ou ficar apenas distante, é preciso envolver-se em meio a multidão.


Esse é o Recbeat. Polo da sensibilidade musical. Mensagens cognitivas, encontros provocativos e alucinantes. Filosofia popular e virtuosa, disritmia  no compasso em contra-tempo. Apenas para comprovar que fundamentalizar-se em respostas repensadas, são frases feitas.


Festival Recbeat no polo Mangue, mesmo que as perguntas sempre sejam as mesmas. As respostas sempre vêm de um grupo considerável que tem por saudade, o contra-ponto, do pedido de retorno de um artista. Um pouquinho mais, do mesmo.

Mais informações: recbeat.uol.com.br/recbeat2011

sábado, 5 de março de 2011

Amostra Competitiva - PreAmp 2011. Visto que não só de prévias vivem os artistas.

A 2ªedição da amostra competitiva do PreAmp trouxe novidades, e a reafirmação do que é priorizado pelos idealizadores do festival.
Uma das maiores preocupações da organização foi todo o tempo à claridade, postura sem afetação de superioridade e a não menos importante, responsabilidade social. O festival não se deteve apenas na disputa pela premiação. Foram oficinas, homenagens e pedidos por uma maior participação na estruturação das políticas públicas.
As homenagens são embasadas no sentido de uma real visibilidade para o artista. Um verdadeiro reconhecimento e não simplesmente um momento de felicitações. Esse é o esperado para Arlindo dos 8 baixos, um dos melhores acordeonistas da região, que não  é tão citado como poderia.

"Lisura e responsabilidade. É sempre o que nos predispomos." Kléber Magrão - AMP

A direção da AMP (Articulação Musical Pernambucana) que proporciona essas oportunidades, busca por meio de reuniões, fortalecer um parecer profissional aos artistas pernambucanos, acreditando que todos merecem as mesmas oportunidades. Por isso, vem criando a cada ano, mecanismos funcionais de capacitação para os que buscam o seu espaço.
As oficinas são sempre gratuitas e dispostas a o cunho de um desenvolvimento musical, na transformação do amador em um especialista na questão, para que esse artista possa com as mesma estruturas de quem já é detentor desses conhecimentos, conquistar o seu espaço sem nada há desejar.
Nessa filosofia a AMP, teve o fortalecimento da prefeitura do Recife e outros orgãos competentes que também acreditam nessa atuação.

"Foi uma surpresa estar novamente no festival." Glauco - Glauco e o trem


Tudo isso surtiu efeito em uma amostra competitiva onde 180 bandas inscritas perceberam o caracter do festival e preparam-se de forma bem mais criteriosa, almejando não obstante a participação em uma prévia do carnaval, bem como uma colocação satisfatória ou até uma aparição em um dos polos carnavalescos pernabucanos. Mas, ainda, a premiação ao vencedor da competição que é de 15 mil reais para a gravação de um álbum em SMD.

"Um festival que é bom pra todo mundo." Zé Manoel

Nessa 2ª edição da amostra competitiva, dois músicos no final entonaram a vitória. O primeiro foi Adiel Luna, vencedor da primeira edição dessa amostra, que presenteou os que estavam espectando-o, fazendo o lançamento do seu CD de cima do palco  do festival. O segundo foi Zé Manoel, que pelo show apresentado, já dava ares do que iria acontecer.
Na segunda colocação ficou Diablo Motör. O terceiro colocado foi Combo Percussivo, que através do voto popular (uma novidade no festival), conseguiu classificar-se para a final do festival, chegando a essa colocação.

Mais informações : preamp2011.blogspot.com