quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Rec-beat 2012 – Onde a música é idioma universal.

Descentralização. Talvez isso seja o que faz do carnaval pernambucano, o carnaval de papangus e mascarados, do   Rec ife - Olinda, da ilha de Itamaracá, e de tantos outros lugares, o melhor carnaval.  

"Pode não ser o melhor do mundo, mas pra mim, é!" Siba.

Sanidade discursiva, ou poetização sonora, ou voz robotizada, no qual perde-se a importância do ritmo no carnaval, que só estando no meio do público para entender. Ter a sensibilidade, a vontade de buscar a compreensão para daí sim, poder dançar, onde a música para ouvir faz-se necessário perceber no limite de quem canta, e mesmo assim, reconhecer que o limite de sua voz, torna-se mister em agradecer o seu estado.
É um encantamento. Alguns dançam, outros...
...Refletem a paralizacion.
Ficar parado, não. Tem que se movimentar. Nem que seja com guitarrinha de brinquedo, dando um ok para os que foram observar. Ver que a posse é nova e o lasso é antigo, mas não da insatisfação pública, merecedora de respeito, em respeito ao público empenho.


Em um bom repertório, saber se é o público ideal, não de frevo, mas uma fusão de jazz com gravidade, ou quase tão estridente aos metais, até perder os sentidos.
Ver jovens e adultos em um mesmo conceito, onde um silvo pôde agravar em dor quase apoteótico, um final.
O revival de um soul man, onde a música soou na pele. Uma interação palco-público. Interação. O mínimo diferente, duma energia, um teatro dançante, o áudio através do visual, criando a dúvida do entender. Transmissão.
Ter pouco tempo ou tempo demais, em demasia, é determinado pelo espetáculo, pela atitude em cima do palco. É assim que se percebe o sentido idealizador. O querido com o encontrado, a ligação Além-mar.
Estando en passant, na percepção de um idioma universal, envolvendo-se ao novo. O novo que não é aplaudido a esmo, à toa; onde não é um nome que faz a diferença. O amor que é entendido em várias formas, e a música, não. É estar de olhos bem fechados, uma visão x.


Da definição musical, boa, ruim, mal executada; quando o inverso acontece, ou quando é clara a noção percebida, quando uma mistura do novo com o arranjado não remete a clássica execução, pode-se analisar de uma outra perspectiva. Não é quem está no palco, mas sim, com que proporção somos afetados. Definição musical, não; feeling.
Groove, braking, music, equalização, cada parte essencial, na qual, quem quer ser ouvido deve preocupar-se com quem ouve, não apenas com os que vêem.
Numa orquestra onde as mãos se movimentam, o pecado é fazer acreditar que está em completa aptidão para um ato.
Tanto a disposição do palco, quanto a luminária, Telões, ou até cada quadro na varanda, de perto e de longe, o que é são. Uma melhor forma de definição para quem não pode estar tão perto e ainda assim contemplar. Poder ter de todos os ângulos a mesma vontade salutar do sentir-se presente. Vontade.
Bem mais do que definição pra carnaval, decidir apresentar-se e fazer um espetáculo valer mais do que a vontade, isso é louvável. No mais, não são só marchinhas que encantam um festival.
Não que qualidade com responsabilidade devam ser deixadas de lado, ou virtuosismo.
No entanto, vale muito à pena, destacar que quando o artista mostra a que veio, faz irmos onde ele quer. Sendo o céu não o limite.
Na dúvida, experiência aliada ao carisma popular, simplicidade aliada a todas as conquistas alcançadas, prova merecer destaque, quem se destaca do início ao fim de sua apresentação, não importando de onde vier, ou o quanto é esperado. Torna-se um talvez.
Como um destacamento que deve ter o objetivo de evitar a dispersão, em meio a embasamentos de paradas inconstantes, ligações entre apresentações, o merecimento, a autenticidade, ou o passeio, com efeito, já que musicar, é deixar o tempo imperceptível!
E não, o público não é burro. Mas se for para um show ter seus melhores momentos do meio pro final, algumas possibilidades plausíveis poderiam ser analisadas: público (em sua diversidade cultural), método de entrada (dos shows que começam com a passagem de som), parceria, qualidade sonora (da responsabilidade técnica), estrutura de palco (da disposição - mapa de palco-), e o não menos importante, repertório (mesmo que pré-programado, o ritorno, ou equivalente à uma grande preferência, feedback. Incluso nesse, um esperado bis, que deve ter sua execução finalizada por gestu unisonu em superação. Creme de la creme.).

  

Em fim, para definir um show, só precisa definir qual a finalidade do se apresentar. Posto que, um artista deveria respeitar mais os que estão desde cedo para o aplaudir!

Mais informações: http://recbeat.uol.com.br/recbeat2012/

por: Genner Guilherme