quinta-feira, 17 de março de 2011

Recbeat 2011. Mais um ano de independente qualidade diferença.

A cada ano, as mesmas perguntas se seguem a respeito do Festival Recbeat. São questionamentos a cerca de artistas; se o festival trará um grande quantitativo de pessoas; se as bandas serão de agrado público; se não foi uma falha do festival optar por artistas não tão presentes nos meios de comunicação; se desta vez seria mais interessante, ao invés de ir para um dos tantos polos onde artistas que estão em vogue, por esses meios de comunicação, se apresentarão, seguir para o polo mangue e espectar algo que só pudesse vir a acontecer ali.


Num todo, creditar louros ao festival, estar presente no Recbeat e poder acompanhar a cada noite, apresentação , uma a uma; a menor possível resposta emocionada do coletivo; gestos de devoção por quem prepara-se, dá-se tanto ao cuidado de seus projetos e tem a oportunidade de mostrar-los ao estar ali, não é algo natural, comum, apenas mostra do material. É uma possibilidade que só quem almeja a todo instante estar em um palco como esse, onde o público é quem seleta , que é capaz de consegui-la. É apresentar-se para alguém que definitivamente não irá aplaudi-lo, até que ele mostre do que é feito, do que é formada as suas capacidades.


Não importa se está aos gostos de uns, aos afagos de outros. Para eternizar-se aos braços de uma consciente e pública platéia, livre de omissões, faz-se necessário que suas emoções permitam-se ser sentidas "de perto e de longe", tornando o assistido e o assistente a mesma obra de arte.


Para quem vai ao Festival Recbeat, esperar o alternativo, o independente, é só o pretexto para sair de casa, onde hão no caminho, possibilidades, outros polos.
Mas, no entanto, se algo é mais consistente que seus dissabores, mais virtuosos que suas inquietudes, tão gritantes como um duro protesto desprendido da aceitação, é preciso olhar para a frente e para os lados. Não basta só olhar por cima ou ficar apenas distante, é preciso envolver-se em meio a multidão.


Esse é o Recbeat. Polo da sensibilidade musical. Mensagens cognitivas, encontros provocativos e alucinantes. Filosofia popular e virtuosa, disritmia  no compasso em contra-tempo. Apenas para comprovar que fundamentalizar-se em respostas repensadas, são frases feitas.


Festival Recbeat no polo Mangue, mesmo que as perguntas sempre sejam as mesmas. As respostas sempre vêm de um grupo considerável que tem por saudade, o contra-ponto, do pedido de retorno de um artista. Um pouquinho mais, do mesmo.

Mais informações: recbeat.uol.com.br/recbeat2011

sábado, 5 de março de 2011

Amostra Competitiva - PreAmp 2011. Visto que não só de prévias vivem os artistas.

A 2ªedição da amostra competitiva do PreAmp trouxe novidades, e a reafirmação do que é priorizado pelos idealizadores do festival.
Uma das maiores preocupações da organização foi todo o tempo à claridade, postura sem afetação de superioridade e a não menos importante, responsabilidade social. O festival não se deteve apenas na disputa pela premiação. Foram oficinas, homenagens e pedidos por uma maior participação na estruturação das políticas públicas.
As homenagens são embasadas no sentido de uma real visibilidade para o artista. Um verdadeiro reconhecimento e não simplesmente um momento de felicitações. Esse é o esperado para Arlindo dos 8 baixos, um dos melhores acordeonistas da região, que não  é tão citado como poderia.

"Lisura e responsabilidade. É sempre o que nos predispomos." Kléber Magrão - AMP

A direção da AMP (Articulação Musical Pernambucana) que proporciona essas oportunidades, busca por meio de reuniões, fortalecer um parecer profissional aos artistas pernambucanos, acreditando que todos merecem as mesmas oportunidades. Por isso, vem criando a cada ano, mecanismos funcionais de capacitação para os que buscam o seu espaço.
As oficinas são sempre gratuitas e dispostas a o cunho de um desenvolvimento musical, na transformação do amador em um especialista na questão, para que esse artista possa com as mesma estruturas de quem já é detentor desses conhecimentos, conquistar o seu espaço sem nada há desejar.
Nessa filosofia a AMP, teve o fortalecimento da prefeitura do Recife e outros orgãos competentes que também acreditam nessa atuação.

"Foi uma surpresa estar novamente no festival." Glauco - Glauco e o trem


Tudo isso surtiu efeito em uma amostra competitiva onde 180 bandas inscritas perceberam o caracter do festival e preparam-se de forma bem mais criteriosa, almejando não obstante a participação em uma prévia do carnaval, bem como uma colocação satisfatória ou até uma aparição em um dos polos carnavalescos pernabucanos. Mas, ainda, a premiação ao vencedor da competição que é de 15 mil reais para a gravação de um álbum em SMD.

"Um festival que é bom pra todo mundo." Zé Manoel

Nessa 2ª edição da amostra competitiva, dois músicos no final entonaram a vitória. O primeiro foi Adiel Luna, vencedor da primeira edição dessa amostra, que presenteou os que estavam espectando-o, fazendo o lançamento do seu CD de cima do palco  do festival. O segundo foi Zé Manoel, que pelo show apresentado, já dava ares do que iria acontecer.
Na segunda colocação ficou Diablo Motör. O terceiro colocado foi Combo Percussivo, que através do voto popular (uma novidade no festival), conseguiu classificar-se para a final do festival, chegando a essa colocação.

Mais informações : preamp2011.blogspot.com